Ampulheta pra mim era um instrumento de um jogo chamado
imagem e ação. Uma areia num vidro... todo o tempo que eu tinha pra realizar as
minhas mais difíceis adivinhações.
A vida é assim... Sismo em olhar pra ampulheta e ver quando
de areia já baixou e o tanto que eu fiz. Mas desonesta é essa conta, não sei
quanto de areia ainda tenho... e nem dizer se a brevidade da vida me assusta.
O que mais gosto de pensar é como vou aproveitar cada dia de
vida que tenho. Isso parece papo de paciente terminal, mas sem ser terminal dá
pra achar que os dias que temos são preciosos? Eu preciso descobrir que tenho
só mais seis meses de vida pra viver com intensidade os meus dias?
Estou lutando contra um jeito estranho de se ver a vida,
como algo sem lógica, sem acabamento... vejo gente vivendo assim.. dormindo
muito... muito tempo no computador... parece que não há mais nada lá fora pra
aquela pessoa.
Desejo motivar pessoas a viverem melhor!
Com mais desejo de viver. Deixando de se vitimizar. Deixando
de achar que o mundo falhou com vc.
Aprendi a tomar cuidado com gente histérica. Gente que acha
que o mundo deve pra ela. Gente que machuca o dedo do pé e mobiliza meio mundo
de pessoas em torno da sua dor. Gente assim rouba a vida que a gente tem pra
viver, quer a todo custo que vivamos a vida dela.
Que fique registrado
em decreto real: cada um viva a sua vida!
Quero viver... respirar cada ar... cada momento sentir...
Quero reparar que cor tem o céu a cada manhã... mesmo em
dias nublados...
Quero mergulhar no meio das ondas... ressurgir renovado...
Quero cantar com força... nada de cantar pra dentro...
Anunciar a vida que está em mim, não com medo de que ela
acabe, mas pelo prazer de ver gente sem vida renascendo e vivendo de verdade.
Viva La vida!
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