quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A Casa na árvore




Sempre vi nos filmes americanos que as crianças de lá tem um sonho: construir uma casa na árvore que se tem no quintal.
Isso é coisa de americano com certeza!
Mas não só deles... A casa na árvore é uma partição da sua própria vida. Outro dia um amigo que conserta meu computador me explicou que além da partição “C:” eu poderia criar a partição “D:”, ou seja, dentro do mesmo computador duas possibilidades de armazenamento.
Volta pra casa na árvore comigo. Construir uma casa no quintal da sua casa, separar-se da sua vida estando ainda nela.
Pensa que é difícil?
É tão fácil que a gente consegue construir uma casa na árvore até sem árvore, e digo mais: até sem casa!
Temos o dom de particionar o eu, fragmentar o inteiro, espalhar pedaços de nós mesmos na procura dessa tal felicidade, que por não se ter a exata ideia de onde ela está, acabamos por fazer buracos em todo lugar.

A bendita casa na árvore é construída quando não sou feliz na vida inteira, mas crio um espaço da felicidade, dentro da vida inteira, mas só num espaço.
As crianças queriam uma casa que lhes desse a sensação de que aquele canto da casa era delas. E nós? Porque criamos áreas de felicidade, igual uma empresa cria área de fumantes?
Porque criamos o lugar dentro da vida onde podemos ser felizes? Porque limitamos?
É muito dolorido ter um canto de felicidade na vida, e quando sair dele... Infelicidade por todo o lado.

Faça da vida inteira a casa da felicidade, não subir numa árvore pra se esconder e tentar ser feliz numa parte apenas.

Parar na frente do computador pra não falar com mais ninguém, ler livros e fugir da conversa, tantas árvores... muitas...

Desce daí vai... Vem ser feliz em tudo!

Se não for possível agora, vamos morrer tentando!

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