quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A carta de um pastor para um desviado do caminho de Jesus...



Pensei em te escrever mais vezes, mas não sabia como te dizer. Você sabe exatamente o que vou te dizer, mas no fundo o resumo é: você faz muita falta!
Tentei cuidar de você, mas escorregadio você sempre “fugiu” de mim, insisto com você, mas parece que você desistiu de si mesmo.
Seus erros não são maiores que os meus, mas você os considera maiores que o de todo mundo, eu queria de verdade te convencer que Jesus te ama apesar dos seus erros. A Bíblia está em seu coração, não há como negar. Sei que de vez em quando escuta um hino... E isso mexe contigo. É bom te lembrar que o lugar dos hinos cantados ainda está aberto pra você. É lindo te ver adorando ao Senhor.
Sonho com isso todo dia.
Sonho com o dia da tua volta! E sei que pra você isso não é fácil. Acredite, todos te amam muito.
Temos que desmontar alguns pensamentos que nasceram em sua mente:

As pessoas não pensam em seus erros o tempo todo, quando elas te olham elas vêem você e não seus erros.
Você não é a pior pessoa do mundo.
Não existe pecado que o sangue de Jesus não possa apagar,
Sua vida ainda não acabou, e Deus quer que ela continue!



Sei também da sua vergonha em voltar.

O que posso fazer pra isso acabar logo?

Sou seu pastor, alguém que deseja ardentemente sua entrada definitiva no caminho de volta pro Senhor.

Não consigo ser seu pastor a distancia...
Preciso estar perto de você.
Criamos um lugar para estarmos pertos de gente pecadora. Um lugar onde os pecados de todos não são escondidos nem maquiados. Podemos ser verdadeiros ali. Deus ordena cura pra nossa alma nesse lugar.
Todo mundo chama esse lugar de Igreja!

Eu preciso da Igreja! E quem disse que você não precisa?

Você precisa sim! Não fuja dessa verdade! Você nunca será crente numa boate; nem num baile. Lugar de crente é na Igreja!

Eu sei... A igreja é lugar de gente imperfeita, e um dos maiores motivos pra você se desviar foi o que costumo definir de “fator gente”.

Gente é assim... Erra. Mas as pessoas não são feitas só de erros. Elas podem acertar na segunda chance... Talvez na terceira... Na quarta quem sabe...

Espero de verdade que você volte.
Não agüento mais a sua falta.

Tomamos a ceia nesse mês, e pensei em você. Onde você estava na hora da ceia? O que você estava fazendo?
Não sei... De verdade não sei.

Hoje resolvi escrever essa carta.

A igreja não é a mesma sem você, e queria que você votasse.

Tomara que você vença o seu medo de recomeçar. Há muita gente que procura coisas novas o tempo todo porque tem medo de se reencontrar com algo mal acabado e partir pra um recomeço.

É difícil olhar pras ruínas... Mas não da pra abandona-las. Elas são suas e você precisa resolver o que fazer com elas.

Das minhas ruínas eu resolvi muita coisa.

Sou quem sou, com elas e tudo.

Um dia a minha vida desabou. E resolvi reconstruir.

Queria te encorajar a fazer o mesmo. A reconstruir sua vida com Deus.

Espero que ao ler esta carta surja uma pergunta em você: o que estou fazendo longe da Igreja?

Se o que você estiver fazendo te fez uma pessoa melhor, então essa carta não é pra você.

Mas se deu uma pontada no seu coração.

É sinal que essa é a carta que precisavas ler.

O seu pastor te espera pra uma conversa.

Estudo sobre discipulado

“ASSIM, POIS, TODO AQUELE QUE DENTRE VÓS NÃO RENUNCIA TUDO QUANTO TEM NÃO PODE SER MEU DISCÍPULO”. LUCAS 14:33

Pensando em começar?
O que você vai levar daqui por diante?
Bens? Não pode!
Trabalho? Não dá!
Filhos? Não cabem!
Igreja? Xiiiiii!!!

Pensando em começar?
O que você vai deixar daqui por diante?
Bens? Tá esquentando!
Trabalho? Pessoa sabida você!
Filhos? Ele sabe cuidar do que “é nosso!”.
Igreja? ...

A jornada do discipulado é feita de mãos vazias... Mãos que abandonaram muita coisa pra seguir a Jesus.
De mãos cheias não é possível passar na porta (ela é estreita).
Hoje, começamos o fim de muitas “cargas” que levávamos durante longos períodos da nossa caminhada de fé...

Nada pode servir como desculpa pra você... Seus bens... Seu trabalho... Seus filhos... Nem mesmo a igreja...

O alvo agora é cumprir o que o Mestre mandou:

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações”.
Mateus 28:19a



O mestre Jesus (João 3:2)

Jesus é o mestre de todos os discípulos da fé cristã.


Depois de Jesus, o que ensina ao discípulo é o discipulador.


As bases da nossa fé foram ensinadas pelo mestre, não só por palavras, mas com exemplo.


E o discípulo que aprende assim com Cristo, ensina assim ao outro, por PALAVRA E EXEMPLO.


O mundo oriental antigo baseava sua comunicação de ensinos nessa métrica:


MESTRE ------------------------ DISCÍPULO

Essa fórmula não era exclusiva dos judeus, nem era uma fórmula exclusiva para fins de ensinos espirituais, mas servia a todo tipo de ensino. Desde artes, como lutas marciais, tudo era baseado no formato:


MESTRE ------------------------ DISCÍPULO

A expressão usada por Nicodemos “Rabi” refletia o reconhecimento de alguém dotado de sabedoria.





O perfil dos discípulos de Jesus

(Marcos 3:13-19)

Todos estavam na multidão, todos seguiam.


Mas Jesus estabelece uma nova ordem: os discípulos.


Aqui temos um propósito desenhado na mente de Cristo: o de separar discípulos dentre os seguidores.


Nem todos os seguidores foram discípulos.


Hoje ainda, no meio da igreja existem esses dois grupos.



Diferenças entre o seguidor e o discípulo
Seguidor

Discípulo
Multidão

Pessoalidade
Ficavam em suas regiões

Iam onde Jesus fosse.
Ouviam parábolas

Ouviam as explicações das parábolas
Comiam pão multiplicado

Participavam da Ceia



Análise do texto

Através desse cap. de Marcos, compreendemos algumas intenções de Jesus. Ao mesmo tempo vemos mistérios implícitos na passagem referida:


v.13 a > “Subiu ao monte”: biblicamente “ monte” está associado à dimensão de Deus. É comum, na Bíblia lermos que Deus falou com os seus servos nos montes, ou seja, numa dimensão nova... Nova visão... Novos ares.




v.13 b > “chamou os que Ele mesmo quis”: os seguidores escolhiam a Jesus, mas era Jesus quem escolheu os discípulos. Aqui temos “in loco” a questão “ chamado”. No mundo antigo oriental, muitos se candidatavam ao discipulado, mas era o mestre quem escolhia os seus.



v.13 c > “e vieram para junto dele”: esse foi o sim dos discípulos. Todo discípulo precisa dizer: sim! O mestre não pode transmitir a essência do ensino, sem que o discípulo queira. Ninguém poderá ser discipulado, sem antes dizer “sim!”. E não basta dizer “sim”, é preciso realizar um “movimento” em direção ao discipulado. Ninguém entenderá discipulado se não se movimentar nessa direção.




As três matérias do curso

v.14 a > “estarem com Ele”: a 1ª matéria do discipulado é convívio (comunhão) com Jesus.

Se olharmos a continuidade do discipulado, veremos que o princípio “convívio” é de fato base para todo o processo em desenvolvimento.

“Eu quero discipular alguém”, então você terá de conviver com esse alguém.

“Eu quero ser discipulado”, então você terá de conviver com alguém.

Mas sobre isso falaremos mais tarde...

v.14 b > “e para os enviar a pregar ”: o discipulado cristão não é um aprendizado filosófico, a fim de ampliar conhecimentos... É mais que isso!

A utilidade do que aprendemos é constante, e aplicar isso é a vida do processo.

Ou seja, o que aprendo é o que eu vivo, e o que vivo é o que eu prego!

No discipulado é o seguinte: eu aprendo o que vou viver, e vivendo vou ensinar, e ensinando pelo viver vou discipular!

v.15 > “exercer autoridade de expelir demônios”: o discípulo recebe autoridade do mestre. Recebemos autoridade sobre demônios, e mais do que isso!Somos emissários do Rei. Quem nos recebe, recebe o Mestre. Quem nos enfrenta, a Ele enfrenta!









Enfrentando a resistÊncia

lucas 18:18-23

Quem aqui está recebendo as lições sem perceber reações contrárias dentro de si mesmo?



1 Coríntios 2:14-16

Nós, involuntariamente reagirmos de forma contrária a tudo o que vem mudar nossa maneira “natural” de viver. Essa é a herança Adâmica que está em cada um de nós. Nascemos no pecado, e o mesmo é aceito “naturalmente” em nossa carne.



Não tenho dúvidas que, dentro de você já se levantou uma resistência. Algo está dizendo que será difícil viver essas coisas... Difícil! Não... Impossível! Utopia! Coisa de livro! Bonito de ouvir, mas não dá pra viver!!!



Jesus não queria que o jovem rico desistisse. Ele não quer que você desista! Mas, porque mesmo ele desistiu? A Bíblia fala que ele possuía muitos bens, muitas conquistas, um estilo de vida precisaria ser deixado pra trás... E... Ele... Resistiu ao chamado discipular de Jesus.



Eu tenho a seguinte teoria: quando Jesus realizava milagres ao povo, no fim Ele dizia: “vai em paz!” ou “vai a tua fé te salvou!”. Mas aqui caso aceitasse desistir da vida que levava, o jovem ouviu sonoramente um: “vem e segue-me!”.



Quem além dos discípulos ouviu isso? Por isso defendo que o jovem rico recebeu um chamado discipular. Talvez, quem sabe, conjecturando eu diria: ele seria um discípulo!



Nosso estilo de vida não combina com o discipulado!



Aí enfrentamos a questão: ser discípulo ou continuar? Muitas coisas serão abandonadas. Muita coisa vai ter que mudar!



Resistência! É isso o que está acontecendo dentro de você! É o homem natural lutando pra não perder o espaço que diz ser dele.



O que você vai fazer? Sim! Só você pode responder a essa pergunta... Seu pai não pode... Sua mãe não pode... Sua esposa não pode... Seu marido não pode... Seu irmão não pode... Seu pastor não pode... O que você vai fazer agora?



O jovem rico disse: “desculpa Senhor, mas pra mim não dá...!”. Sei lá o que se passou no coração do jovem... Muita coisa a perder... Sei lá...



Você vai continuar a resistir? Você vai sair daqui hoje e dizer: “foi mal Senhor, mas me entende, por favor... tenho muito a perder...?”.



Enfrente seus medos! Desarme a sua resistência!!!









O uso do tempo – como você o usa?

lucas 9:57-62

Como anda o seu tempo? Qual o ritmo da sua vida? Em que velocidade você está?



Essa sem dúvida será a matéria de mais difícil aplicação, de todas as que observamos, o tempo hoje tem sido o grande adversário dos que seguem a Cristo.



O tempo precisa ser seu amigo, do contrário ele será seu adversário!



Vamos então dividir as 24 horas do dia de um discípulo de Jesus:



8 hs – dormir
10 hs - trabalhar
3 hs – família
2 hs - lazer

1 h - devocional


Esse seria o sonho de consumo de qualquer pastor...rs.



Como você está dividindo o seu tempo?
Alguém vai pensar assim: “Ele não conhece a minha vida!”, ou mesmo: “se ele vivesse na minha casa...”, ou ainda: “Ele não sabe como funciona lá na empresa!”.



Quem acelerou você desse jeito? Quem ligou a sua tomada em 220 volts? Porque você corre tanto? Como é que é? Se não correr você não consegue viver?



O uso do nosso tempo fala das nossas prioridades. O que é mais importante / urgente, vai tomar mais o seu tempo! E não adianta pensar que não é assim! Muitos vão dizer: “amo ao Senhor, pena não ter muito tempo pra Ele ultimamente...”.



A minha pergunta é: quem diz estas coisas, ama realmente ao Senhor? Ou será que nos acostumamos a dizer que amamos sem dar o nosso tempo?



Aquele que ama entrega as suas prioridades! Duro isso não? É duro pra mim também! Nunca repensei tanto meu tempo... Nunca estive tão inquieto por perceber que dar tempo ao meu amado Jesus anda meio distante das minhas prioridades... E tudo isso me entristece.



O Senhor Jesus confrontou a alguns como nós. Se hoje estivesse fisicamente entre nós, como Ele ouviria nossas “desculpas”? Seríamos diferentes desses homens? Acho que não! Infelizmente acho que temos sido iguais a eles... Totalmente iguais.










O ministério do acompanhamento

Atos 8:26-40

Esse texto é uma grande introdução sobre o ministério do acompanhamento.



O vs. 29 então! O Espírito diz a Filipe: “acompanha-o!” Nossa!!!!!!



Será que o Espírito já falou isso contigo? Pois bem, vivemos numa época de impessoalidade. As pessoas cada vez mais querem se dar cada vez menos às outras.



E quando o assunto é vida cristã, vira comum ouvirmos um testemunho de alguém que se converteu pela rádio, pela tv... E hoje está numa igreja com dez mil membros!



Quem acompanhou você na sua jornada de fé? Quem foi o seu companheiro nesse ministério?Alguém que andou contigo nas suas dúvidas, nos seus erros, que foi contigo no seu caminho?...



Esse agora é o nosso foco! Não queremos mais apenas “ganhar almas pra Jesus”, queremos ser companheiros de jornada dos nossos amados.



Leiamos novamente Eclesiastes 4:9-12.






















A questão: ser de Paulo, ser de Apolo.

1 Coríntios 3:4-9

O discipulado tem seus riscos!



Quando você transforma o canal que Deus usou em um toten.



As pessoas se apegam umas às outras, e até aí nada de errado. O grande problema é quando você transforma o seu discipulador na própria divindade.



Parece loucura... Mas hoje muitos crentes, não são mais crentes em Jesus. São crentes da igreja tal... Do pastor tal... Que falam de Jesus.



O Centro do evangelho é Jesus! Se alguém tem alguma dúvida disso aconselho a leitura do livro aos hebreus.



O discipulador que faz “discípulos pra si”, não entende a glória que há em Cristo Jesus!



Os canais pelos quais o Espírito passa durante as gerações mudam... Mas a essência do Espírito é a mesma.



Você não é do seu pastor! Você não é da sua igreja! Você pertence ao Senhor Jesus!!!!


















Testemunho pessoal
1 Coríntios 4:16

Essa é sem dúvida uma das matérias mais controversas do discipulado.


Com certeza você já ouviu: “não sigo a homens, sigo a Deus”.


Isso porque o testemunho pessoal não tem sido olhado pela ótica correta.


Paulo diz: “vão atrás de mim”. Rsrsrs. Mas isso nunca teve o tom de perfeição. Ser exemplo, não é ser perfeito! E isso com certeza dá um nó em nossa cabecinha.


Como entender um Paulo que diz: “sejam meus imitadores...” e ao mesmo tempo é capaz de escrever trechos como o de Romanos 7:15?


Parece incongruente que um homem que diz: siga-me, também diga: não sei o que eu faço direito.


Mas ser exemplo não é ser perfeito!


No discipulado você vai conviver com alguém que apresentará o seu testemunho pessoal. É o testemunho de um pecador caminhando a senda do evangelho. Pecador como você!


Lembre-se: ser exemplo não é ser perfeito!


Não exija isso das pessoas! Isso vai dificultar e muito o processo do discipulado.


E outra coisa... Não se machuque interiormente por não ser perfeito...


Muita gente quando o assunto é discipulado diz: “eu não sirvo de exemplo pra ninguém!”.


Na verdade ele está dizendo que não é perfeito e como discipular alguém sendo imperfeito? Simples! Sendo honesto nesse sentido.


Desista da capa de super-homem! Ela não vai te fazer bem em nenhum momento da jornada.


Homem aprenda a ser humano!





Barnabé

Atos 4:36-37

Quem era Barnabé? Responda a essa pergunta e vai entender como vive um discípulo de Jesus, da 1ª geração dos que não viram a Jesus fisicamente, da qual todos nós fazemos parte.




Barnabé era o José! Isso o nome dele era José! Mas José era antes da obra que o Espírito fez na vida dele... O Senhor mudou a vida de José, mudou tanto que já não conseguiam chamá-lo do jeito antigo.



O nome Barnabé quer dizer: Bar (filho de) + Nabeh (exortação). Você quer ser um filho da exortação? Você sabe o que é exortação? Alguém arrisca explicar?



Exortação quer dizer correção, chamar atenção, puxar a orelha! Você quer ser o filho, ou seja, o resultado de uma correção?



Hoje estamos em falta na igreja desse tipo de discípulo: aquele que foi confrontado!





A Palavra não nos diz quem era o José. Ela só relata que José foi confrontado até mudar! Nossa! Sabe o que nós aprendemos aqui? Existe a necessidade de sermos confrontados para que haja uma mudança de verdade!



Até virar o “filho da exortação”, ele era o “José cabeça dura”. E você é o famoso _______ cabeça dura?


Você é conhecido pela sua mudança ainda hoje? Ou isso só chamou atenção nos primeiros meses da sua “conversão”? Perdoe-me colocar a sua conversão entre aspas... É que convergir significa mudar a rota... E... Será que eu mudei de rota? Será que você tomou outro caminho ao ser “encontrado” pelo evangelho de Jesus?



A primeira grande lição que aprendo com Barnabé, é que, para ser discípulo de Cristo, preciso ser confrontado. Ninguém que deseja manter posições pode avançar no discipulado! Ninguém!



Talvez a sua grande luta na fé, seja montar a equação:


{ minha vida+ [ garantias]+ ( meu jeito de ser)²+ Jesus} = Céu³

No fim, queremos a fé que caiba em nosso jeito de viver.




Mas Barnabé ainda tem uma grande lição sobre como ser discípulo... Alguém arrisca?



Você que gritou: “desprendimento!”. Acertou em cheio!

Isso mesmo! Depois de ser confrontado, ele aprendeu a ser desprendido! Não havia nada que segurava esse homem no seu objetivo em ser discípulo de Jesus.


Como isso é difícil... Ao longo desses momentos em que estamos refletindo sobre discipulado, palavras como “renúncia”, “desistir”, “entregar”, fizeram parte do nosso “novo” vocabulário.



Desprendido é a qualidade de alguém que não está preso a alguma coisa ou alguém. Ufa! Gostei do termo “qualidade!”.



Carregamos coisas na jornada e achamos que Deus tem que nos entender! Deus tem me entendido há muito tempo! O mesmo tempo em que eu não tenho entendido o que Ele quer de mim.


Hebreus 11:35b -38

Ao que você tem estado preso? A 2ª lição é desprendimento! Discípulo é “bicho solto!”. Tem vida livre!














Barnabé e Paulo

Atos 9:26-30

O homem confrontado agora tem um coração qual o de Cristo.



Ninguém queria andar com Saulo... Porque será? Ninguém estava certo de que havia mudado mesmo. Mas Barnabé resolve assumir o risco de relacionar-se com alguém do tipo de Saulo.


E qual era o tipo de Saulo? Vamos lá: crente novo, imaturo, sem experiência, conversão ainda sob suspeitas, etc...



Barnabé acredita nos desacreditados! Discipular é isso! Escolhendo só os bons, como o evangelho chegaria até nós?


No processo do discipulado, Deus nos coloca apenas diante da matéria prima, nunca vamos trabalhar com a obra acabada...



Entenda os inícios do seu irmão. Ele não é como você!



Não dá pra desejar que o irmão tenha a “mesma experiência que você”, a fim de chegar ao seu “nível”.



Dizemos aos outros: eu sobrevivi, você também vai conseguir!
















Barnabé e João Marcos

Atos 15:36-39

E o discipulado continua... Agora o Barnabé arruma um problema com Paulo, e sabe o motivo? João Marcos, ou Marcos como o conhecemos pelo evangelho posteriormente escrito.



O motivo da “briga”

Atos 13:13

Marcos era um jovem missionário, ainda sem a exata noção do campo. No meio do caminho, Marcos sente “saudade de casa” e volta pra Jerusalém.


E o pior, deixou os mais velhos chateados, pois interrompeu um processo formativo importante!



Mas depois disso tudo, Marcos volta arrependido, querendo uma nova chance.



Paulo abre a “Bíblia”
Provérbios 25:19

Nada de nova chance! Ele já era crente quando errou comigo! Não tinha se arrependido antes! Comigo ele não vai mais!


Você já agiu assim com alguém?



Quantos Marcos já passaram pela sua vida e você foi com eles, verdadeiro “Paulo”. Ou seja, errou uma vez comigo já era! Acabou a confiança... E você sabe... Quando acaba a confiança é impossível andarmos juntos.



Mas Barnabé muda tudo isso. Barnabé é um discipulador. É uma renovação pra ele, cuidar de outro “Paulo”. Você se lembra, Paulo estava desacreditado.



Um dia Paulo foi um Marcos. Mas quem um dia foi Barnabé, nunca vai deixar de cuidar do outro!



Barnabé recusou um lugar mais extenso na história, e foi pro anonimato do cuidado. O discipulado nunca é barulhento.



Não abra mão de quem já errou contigo! Vai com ele de novo! Foi pra isso que Deus te chamou! Não recuse o chamado de ser Barnabé na vida do seu irmão! Não desista dos difíceis!



No fim, Barnabé tinha razão.
2 Timóteo 4:11

Agora o que não dava pra andar junto, mudou para o servo útil!


















Revoluções começam a partir de poucos

marcos 16:14-20


Muitos que estão aqui lamentam não estarem aqui outros tantos que poderiam “aumentar a nossa força de mudança!”.



Sermos poucos não diminui a nossa força! Tudo depende de você!



Jesus chamou os onze... Olha só nem doze eram mais! E disse: “ gente vamos sacudir o mundo!” .



E hoje ele quer o mesmo sentimento em nós! A mesma chama está acesa, basta heverm homens e mulheres como aqueles! Gente que acredite que revoluções começam com poucos.



Eles acreditaram nisso...




Hoje, falta à nossa geração não o Jesus daquele tempo, Ele está presente entre nós. O que nos faltam são discípulos como aqueles.




Eu tenho cicatrizes



A infância é um tempo interessante. Nascemos de “pele limpa”. Ninguém nasce (naturalmente falando) com cicatrizes.
Cicatriz é coisa que um monte de gente ganha da vida, e principalmente na infância, a época em que não temos muita dimensão dos riscos, da velocidade, da profundidade, enfim... Encaramos mais o mundo de peito aberto.
Por isso mesmo a infância é o tempo da nossa vida onde mais nos machucamos. Eu disse que mais nos machucamos e não o único tempo de se machucar.
Da infância carrego a cicatriz no meu dedo indicador direito.
Nunca vou me esquecer desse dia. Tempo de soltar pipa e quem já soltou pipa e teve uma infância pobre como eu sabe muito bem o que é “guentar” linha dos outros. “Guentar” era a maneira que a gente tinha de “roubar” linha de quem tinha “voado”.
A melhor tradução era que a gente roubava linha dos outros mesmo! É que fiz uso da linguagem técnica da época (risos.).
Nessa de “guentar” linha... Um dia... Eu corri com uns 20 metros de linha com cerol, querendo me esconder em casa com o “produto do roubo”. A linha agarrou no portão feito com emendas de madeira, e meu dedo quase foi decepado!!!
Fui levado pra um posto médico. Injeções! Pontos! E depois de algum tempo... Cicatriz.
Mas com certeza cicatriz não é coisa só da infância...
Bati de carro aos 20 anos... (eu hein... 20 metros... 20 anos... rsrsrs).
Quebrei pedaços de dente em minha boca... Rasguei a pele do meu queixo... E depois?? Injeções! Pontos! E depois de algum tempo... Cicatriz.

A cicatriz é o sinal visível de algo que um dia doeu, mas não dói mais. Você pode apertar o meu dedo indicador direito com toda a força! Pode apertar o meu queixo da mesma maneira! Ali um dia, já teve uma ferida aberta. Mas hoje só uma cicatriz.

De certa forma a cicatriz me lembra os meus acidentes, ainda que não traga mais dor.

Você quer se esquecer da sua vida? Quer apagar o que aconteceu contigo? É feio ter uma cicatriz? Melhor é ser alguém de “pele limpa?”.Sem acidentes?

Eu não compreendo a luta de tanta gente em não aparentar os acidentes que teve. A igreja está cheia de gente “maquiando cicatrizes”. Gente que esconde o que um dia foi ferida e hoje não dói mais...

Cada vez menos ouvimos os testemunhos em nosso meio. As pessoas escondem suas cicatrizes.

Ninguém quer revelar os seus acidentes, suas separações, seus porres, seus... Seus... Ninguém mais quer isso.

Eu tenho cicatrizes!

Não só no dedo!

Não só no queixo!

Tenho acidentes que, um dia foram feridas abertas, mas que hoje são lembranças... Elas me fazem refletir.
Um filme passa em minha mente a cada vez que percebo as coisas que eu vivi. Não me escondo da minha história! Graças a Deus fui curado de muita coisa! Eu me assumo!

Não quero que você venda uma imagem pra quem te ama de, um alguém sem acidentes. Talvez seja melhor você chamar o seu namorado pra conversar e dizer: tenho cicatrizes. Não dói mais... Não é mais uma ferida... Mas fazem parte da minha história.

Não esconda as suas feridas.

O criticado Tomé, foi alguém que só aceitava a realidade da ressurreição de Jesus se visse e tocasse em suas feridas. Jesus poderia ter ressuscitado sem as feridas nas mãos.
Mas as feridas fizeram parte da história da vida do nosso Senhor!
Hoje nós podemos dizer: “pelas suas feridas fomos sarados”.

Jesus mostrou a Tomé suas feridas. E essa foi a prova da ressurreição da qual Tomé precisava.

Sua cicatriz conta a sua história e não o seu futuro!

Termino contando a história de um antigo irmão com o qual eu perdi o contato. Acho que o nome dele era Marcelo, mas não posso afirmar ao certo.
Marcelo era parceiro de fé. Jovem na igreja, casou e servia a Deus com alegria. Um dia um acidente de carro desfigurou o seu rosto...
Estranho foi reencontrar com o casal depois do acidente, e brincando perguntei pra ela: e agora? Como vai ser com esse cara feio? (lógico que em tom de brincadeira amiga, coisa que a escrita me dificulta traduzir).
A resposta dela eu nunca vou me esquecer: “O Marcelo ainda está aí!”.

Pronto!

Depois de todos os acidentes! O seu homem exterior pode estar desfigurado! Mas você ainda está aí dentro!

É isso o que muita gente não entende!

Muitos olham pra você... E não sabem que você está vivo! Ainda que com marcas!

Talvez, Deus não queira apagar as suas marcas...

Lembre-se que Ele não quis apagar as D´Ele.

Quando terminar de ler este bilhete, diga a si mesmo (a): “um dia doeu, hoje não dói mais! Sobrevivi! Venci a ferida aberta!”.
E vai perceber que a dor passou.
E você sobreviveu!


Um abraço apertado...
De um homem cheio de cicatrizes...
Mas que não sente mais a dor da ferida aberta.

Celso Aloisio.

Espiritualidade fora do padrão




Sou pastor de uma igreja. E isso faz com que muitas vezes mesmo sem eu querer, apóie um formato de espiritualidade.
Espiritualidade pra mim é o nosso contato com o Deus Pai e Criador de todas as coisas e admitir uma vida cotidiana sob os efeitos da Graça maravilhosa desse Deus.
Espiritualidade pra mim é ver Deus em tudo e ver-se em Deus sempre.
Eu sempre achei que espiritualidade era fechar os olhos e desligar o seu coração do mundo das coisas visíveis.
Aliás, durante muito tempo eu caminhei assim... Olhos fechados...
No modelo padrão de espiritualidade a gente encontra formatos prontos. Você chega pra fé e aprende a fazer orações que comecem com algo parecido com “Senhor Meu Deus e Meu Pai”.
Aprendemos que uma medida da nossa fé é a nossa presença nos cultos e nossa participação nos trabalhos da igreja.
Sabemos se somos espirituais se cumprimos todos os rituais que a sociedade igreja nos oferece como uma cartilha, um modelo a seguir.
Fico com a poderosa frase de Jesus pra definir hoje o que chamo de espiritualidade:
“Onde estiver o seu tesouro aí estará o seu coração”.
Espiritualidade verdadeira é onde está o nosso coração... E viver com o coração... E servir com o coração... E cantar com o coração... E sonhar com o coração.
Sem perceber se o coração está realmente envolvido com o que se é, nenhum de nós será capaz de provar o que é espiritualidade de fato.
Como cristão eu vivo incentivando isso em mim primeiramente e nos outros.
Não dá pra ver uma igreja ser igreja sem que a seja de coração!
Seja o que você for no reino, seja de coração.
Então sua fé será o seu tesouro.
O maior deles...

Celso Aloisio

domingo, 20 de novembro de 2011

Quem está certo? E quem está errado?



Quando criança ouvia minha mãe dizer: fique sempre do lado certo.
Cresci e hoje tenho dúvidas sobre a garantia que posso ter que, o certo lado de certa coisa é realmente o certo absoluto de tudo.
O certo lado é um lado ao qual se escolhe, pensando ser certo por uma certeza simples do coração. Esse acaba guiando a gente por um certo lado e aí se temos paz, prosseguimos num certo lado, crendo ser o lado certo.

No tempo em que fui líder de adolescentes ouvia a garotada me perguntando: “ isso é pecado?”
Passado muito tempo ouço gente adulta me perguntar as mesmas coisas, sem saber que a resposta é comprida e que no fim o que fica é o certo lado certo que se escolhe no coração.

Tenho medo de respostas absolutas sobre a verdade. Paulo disse algo interessante: “agora conheço em parte...”. um dos maiores da fé disse não ter visto tudo a fim de declarar que o resultado de suas buscas na fé eram as verdades absolutas do universo. Sábio como era, preferiu dizer: “ não vi tudo ainda...”.

Não posso dizer que o outro está errado e afirmar que estou certo, pois isso é loucura num prisma tão plural quanto o da fé cristã. Ando cansado de ouvir que fulano está certo e o sicrano está errado. Cansei de gente idiota na televisão defendendo a honra de ter uma moral irretocável, quando Jesus disse ter vindo para os “ doentes!”. Aliás defender a honra de nunca ter pecado é assinar um atestado de mentiroso ao próprio Deus, pois Ele nos ensinou pela escritura que se dissermos que não temos pecado fazemos d´Ele mentiroso.

Não procuro ter a consciência limpa, quero ter uma boa consciência. Pra mim ela precisa me dizer que estou errado quando estiver e não ser limpa se eu ainda for sujo.
Aliás tento convencer as pessoas que sou um igual. É difícil porque muitos procuram um homem ideal e sem erros à sua frente. Não sou nada ideal! Fico escondido atrás da cruz de Jesus e nela me encorajo a pregar apesar de todas as lutas que a nossa estadia nesse corpo-carne nos traz.

Quando leio-escuto-vejo igrejas e pessoas que se colocam como bastiões da verdade absoluta, penso em Paulo... Vejo em parte...
Não posso dizer que estão totalmente errados por pensarem diferente de mim, não mesmo; apenas pensam diferente de mim e isso é tudo o que tenho a dizer.
Não posso afirmar que tenho absoluta certeza... teria que afirmar que o contrário do meu pensamento é absoluta mentira, ou que aquele que o tem está errado.

Posso dizer que me movo por fé. Vejo em parte.

“Contudo, tenham cuidado para que o exercício da liberdade de vocês não se torne uma pedra de tropeço para os fracos.”

Nisso eu tenho cuidado. Não posso fazer uso das minhas liberdades e atingir aquele que não entende o quanto sou livre! E por mais que esteja certo de que não peco fazendo algo pelo uso da minha liberdade cristã, ainda assim por causa de alguém que pode se ferir por minha causa não o faço.
E de certa forma o certo vira impraticável dependendo da circunstancia em que o certo lado do certo se manifesta por uma liberdade que não é fraterna e nem se preocupa no mal que posso causar ao meu próximo irmão.

“Pois, se alguém que tem a consciência fraca vir você que tem este conhecimento comer num templo de ídolos, não será induzido a comer do que foi sacrificado a ídolos?
Assim, esse irmão fraco, por quem Cristo morreu, é destruído por causa do conhecimento que você tem.
Quando você peca contra seus irmãos dessa maneira, ferindo a consciência fraca deles, peca contra Cristo.
Portanto, se aquilo que eu como leva o meu irmão a pecar, nunca mais comerei carne, para não fazer meu irmão tropeçar.”

Certo ou errado... faça a sua escolha em Deus e permita a outrem fazer o mesmo.

Entendendo os silêncios



Somos seres produtores de sons! Essa é uma definição que faço de todos os que falam... falam... falam...
Crescemos e na escola aprendemos a ler o que está escrito e ouvir o que foi falado.
Mas, lá no íntimo da nossa alma reside o silêncio. O lugar aonde vou me encontrar comigo mesmo sempre que me busco.
Só em silêncio eu consigo entender o que se passa com meus sonhos, meus projetos, meus amigos...
Sim...
Amigos não precisam de palavras!
Eu os entendo no silencio.
Alguns deles nem desconfiam que tenho essa habilidade que beira a paranormalidade (risos).
Ah! Se eles soubessem que entendo silêncios...
Certamente não tentariam com palavras explicar tanta coisa, logo pra mim...
Cuidado comigo: eu entendo silêncios!
Não estou dizendo que leio pensamentos (isso seria demais pra fé...).
Só digo que olho rostos, respirações, presenças, ausências... Tudo sem nenhum som, mas eu entendo.
Ser pastor não é a capacidade de codificar palavras, mas de traduzir o silencio dos que te cercam.

Salmo 19 diz: Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos.
Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite.
Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz.
Mas a sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo.

Há muitas formas de contato relacional não verbal com o Eterno Deus.
Os céus entendem disso...
Tomara que ao ler esse bilhete, você não o tenha feito em voz alta...
Nesse caso...
Em silêncio...
É bem melhor...

Celso Aloisio

O tal de “si”



Amar a Deus é o melhor da fé! Quem não ama a um deus bom, criador e mantenedor de toda a vida, que controla as estações do ano, as correntes marinhas...? Quem, em sã consciência não amaria a um Deus como o nosso!

Por isso o mandamento de amar a Deus é o melhor! O melhor da vida é amar a Deus...

Cantar pra Deus... Orar a Deus... Viver por Ele e pra Ele;

A fé tem todo o significado em Deus! Ninguém se perde na fé olhando pra Ele.

O mandamento continua e o pedido endurece...

Amar ao próximo...

Pensemos em pessoas boas... Nossa querida vozinha... Ela sendo o próximo é maravilhoso... Nosso melhor amigo...

Sim amar o próximo, dependendo de quem seja o próximo pode sim ser algo maravilhoso.

O difícil é pensar na ligação que há entre Deus e o próximo. Eu vejo que só se ama a Deus quando se ama o próximo, e vice versa (sem hífen, to confuso nisso, rs).

Então surge uma questão mais densa ainda nisso tudo.

A chave desse amor então passa a ser o “si”.

Você sabe quem é o seu “si”? Eu confesso que o meu é um sujeito (como dizem...) misterioso.

O “si” é o modelo complicado de amor que Deus nos pede pra amarmos um ao outro e em contra partida amarmos ao próprio Senhor.

Você é a conexão!

E o pior... Pode ser a desconexão de tudo também.

Ame ao próximo como você se ama... Eita... Como você se ama?

Como é a sua relação consigo será a relação com o que esta a sua volta. Daí pensar que a tempestade relacional que temos com tudo a nossa volta provavelmente começa com uma mesma tempestade com o “si”...

O pior é quando definimos o “si” somo se fosse o “se”... Aí transformamos o real em algo idealizado, talvez impossível, que nunca será palpável e por isso nunca tratável.

Se o meu “si” é “se”, penso nele como um personagem e não vou encarar o que é real dentro em mim.

Mesmo que o “si” seja o padrão complicado de amor ao próximo, Deus nos pede ele por ser o modelo ideal que eu realmente preciso.

Preciso me amar mais e só assim amarei mais a você!

Você precisa se amar mais ou amar mais o seu “si”, pois só assim me amará mais...

Não tem jeito.

O evangelho quer nos resolver!

O amor é a solução do “si”.

Celso “si” “se” Aloisando da “Si”lva

Moeda de Ouro




Um aluno pediu ajuda a seu professor. Os outros diziam que ele era lerdo e pouco inteligente e isto fazia diminuir sua auto-estima. O que posso fazer para melhorar? E o professor sem olha-lo, disse: sinto muito, mas agora não posso ajuda-lo, devo primeiro resolver meus problemas. Talvez depois. E o professor, tirando o anel do dedo, pediu ao aluno: vá ao mercado e tente vender este anel, pois preciso de dinheiro. E insistiu: não venda por menos de uma moeda de ouro. O jovem tentou, inutilmente, vender o anel. Ninguém dava nada por ele. Apenas um negociante ofereceu-lhe uma moeda de bronze. Desanimado com mais esse fracasso, retornou ao professor.

Sem muito se importar com ele, o professor deu-lhe nova missão: volte à cidade, procure o joalheiro e pergunte quanto ele dá pelo anel. Mas não venda por preço algum. O joalheiro, após examinar com cuidado o anel, afirmou: o máximo que posso lhe dar pelo anel são 62 moedas de ouro! E acenou: com o tempo lhe poderia dar até 75 moedas de ouro...
Emocionado, o aluno correu à casa do professor e, com os olhos brilhantes, contou a proposta do joalheiro.

Desta vez o professor mandou que o aluno sentasse e explicou: você é como este anel, uma jóia preciosa e única.
Só pode ser avaliado por um especialista. E deu ao aluno este conselho: é necessário que você mesmo tenha consciência de seu valor e este valor foi fixado por Deus, o Artista que confeccionou este anel e fixou seu preço em muitas moedas de ouro. E concluiu: com o tempo, a oferta e o número destas moedas de ouro vão aumentar.

Cada um de nós é uma jóia rara e única. Fomos sonhados e lapidados pelo supremo Artista que é Deus. Ele enviou seu Filho, Jesus Cristo, para nos revelar nosso infinito valor. Mais ainda: Ele morreu para garantir nossa dignidade. E isto nos ensina que os outros também revestem-se da mesma dignidade e são moedas de valor infinito. Isto fazia com que Madre Teresa de Calcutá desse o melhor de seu tempo e de seu amor a pobres famintos, doentes ou moribundos. Ela conhecia seu valor: eram moedas de valor infinito. E nenhuma limitação – pecado, doença, pobreza – podia desvalorizar esta moeda.


Extraído do maravilhoso livro “ A arte de escolher”.

O pastor e o preparo do sermão



Por: Guilherme Kerr Neto

Algum tempo atrás alguém me perguntou se eu me dedicava somente ao ministério, ou se trabalhava também. O tom com que a pergunta foi feita me deixou a desagradável sensação de que existem dois tipos básicos de indivíduos (pelo menos na maneira de ver do meu interlocutor): aqueles que trabalham - espalhados nas mais diversas profissões e aqueles que quase não trabalham - entre os quais se incluem os pastores, os missionários, religiosos, filósofos, poetas e outras profissões semelhantes. Afinal de contas, afirmam alguns, o que um pastor tem de fazer? Pregar uma ou duas vezes por semana, fazer algumas visitas, bater papo com as pessoas, eventualmente celebrar batismos, casamentos e funerais. . . Sobra bastante tempo! Ou não sobra?

Tenho descoberto que na maioria das vezes o tempo mais nos falta do que nos sobra. No trabalho pastoral, a situação é contrária às inseguranças, oscilações e incertezas do mercado de trabalho secular, pois existe mais serviço do que pessoas dispostas a executá-lo. Nas palavras do Senhor: "... a seara é grande são poucos os ceifeiros.

Nos tempos idos de Seminário ouvíamos dos professores os termos de que se devia gastar um mínimo de quatro horas até dezoito ou vinte horas apenas no preparo de um bom sermão. Não duvido. . . mas, pelo tempo de que se dispõe em uma estrutura em que por vezes o pastor é uma espécie de "joão-faz-de-tudo", desde office-boy até administrador, passando por "tocador" de obras e construções e responsável direto pelo levantamento de fundos para a mesma, poucos são os que chegam a quatro horas no preparo de cada sermão. E, como não poderia deixar de ser, vivemos numa tremenda escassez de bons sermões.

O PREPARO FORMAL

A meu ver a tarefa prioritária do homem de Deus é o preparo e a entrega do sermão. 0 bom sermão exige o melhor do nosso tempo e esforço (talvez um pouco de luta contra estruturas viciadas). Poderia ser definido por algumas características fundamentais.

Fidelidade à Palavra de Deus

Isto significa que devo dizer aquilo que Deus diz. Significa pregar como Paulo afirma ter pregado aos efésios "todo o desígnio de Deus" (Atos 20:27). Isso exige de nós conhecimento bíblico, leitura constante e apaixonada do livro dos livros, estudo do contexto histórico, geográfico e cultural em que o texto foi escrito afim de abrir a nossa visão para entender qual tenha sido a intenção original do autor ao escrevê-lo. Acima de tudo isso exige submissão e unção do Espírito Santo, verdadeiro intérprete e ensinador das Escrituras (João 16:12-15). Diz-se de Spurgeon, o grande pregador do passado, que dominicalmente subia os degraus do palanque de onde pregava debaixo da seguinte convicção e repetindo a cada degrau: ". . . eu creio no Espírito Santo... eu creio no Espírito Santo... eu creio no Espírito Santo. . ." Falta-nos mais desta confiança no Espírito do Senhor. "Uns confiam em carros, outros em cavalos..." Creio que há mais palavra de homens do que Palavra de Deus em muito do que hoje se ouve dos nossos púlpitos e o resultado é o que se vê na vida do rebanho.

Aplicabilidade à vida dos ouvintes

Em sua visita ao Brasil, dizia-nos o Rev. Stott que o pregador deve ter a Bíblia em uma das mãos e o jornal do dia na outra. Não que ele quisesse dizer que ambos devem ter o mesmo peso. O pregador é por excelência um homem da Palavra. Todavia, o que desafortunadamente tem acontecido, é que muitos de nós temos a Bíblia somente como ponto de referência e pretexto de um discurso moralista e filosófico e, do jornal do dia pouco ou nada sabemos. Se sabemos o que está acontecendo no mundo, nada dizemos por temor de misturar o sagrado com o profano. O resultado é que os sermões se tornam muitas vezes irrelevantes: não falam às necessidades do rebanho; não se relacionam com a vida prática; não têm nada a ver com o aqui e o agora. O resultado é a mesma dicotomia se verificando na vida do rebanho: conversa religiosa no domingo e prática pagã no restante da semana. Temos a Palavra mas ela não nos tem.

Capacidade de desafiar profundamente os ouvintes à fé e à obediência

O sermão mal preparado conclui exatamente como começa - no ar. Devemos levar os ouvintes às alturas mais altas do céu e trazê-los de volta, com os pés no chão a um profundo sentimento de compromisso com Deus. Certamente isso envolve a compreensão do que Deus deseja para nós hoje, aqui e agora. Creio que há três coisas que nos ajudam a compreender isso: estudo da Palavra, conhecimento da vida das ovelhas (aconselhamento, visitação, conversas informais) e a oração.

O PREPARO INFORMAL

Se de um lado é necessário preparar-se formalmente para pregar, gastando horas de estudo no escritório, lendo e prescrutando o que Deus quer dizer, por outro lado o sermão nasce, cresce e amadurece no coração de um homem. Como não se pode separar totalmente um artista de sua obra de arte, assim também com respeito à pregação e ao pregador. È na vida prática que se colhe informações sobre as necessidades do rebanho. É num incidente na rua, no ônibus, no trânsito, no jornal, numa conversa com moços e senhoras da igreja que se revelam as verdadeiras e profundas ilustrações de um sermão, as verdadeiras e profundas ansiedades do seu povo. Às vezes é andando pela rua que Deus fala aos nossos corações: "isto é o que eu quero que você diga ao meu povo no domingo". Neste sentido, a vida toda do pastor faz parte do preparo do sermão. O verdadeiro pregador está a toda hora preparando seus sermões.

Assim também a oração deve ter também este caráter duplo: formal - quando peço a iluminação do Espírito ao estudar o texto bíblico; informal - quando, mergulhado na realidade de um Deus que rege todas as coisas, eu me vejo submerso em um "espírito de oração" em todas as circunstâncias da vida.

No preparo informal se incluem todas as outras informações que o Espírito Santo permite à minha mente e coração: a leitura de bons livros, as horas devocionais despreocupadas no preparo de mensagens, as informações de cunho geral como notícias políticas, econômicas, esportivas, etc. No preparo formal nós lemos a Bíblia à luz das realidades da vida. No preparo informal lemos as realidades da vida à luz da Bíblia. Tanto um como o outro são necessários. A. W. Tozer dizia com muita propriedade: "Profeta é alguém que conhece a sua época e sabe o que Deus está procurando dizer ao povo de sua época. O que Deus diz à sua igreja em algum dado período depende completamente da condição moral e religiosa desta e da necessidade espiritual da hora. Os líderes religiosos que continuam a expor mecanicamente as Escrituras, sem considerar a situação religiosa corrente não são melhores do que os escribas e os intérpretes da lei do tempo de Jesus, que papagueavam fielmente a lei, sem a mais remota noção do que ocorria espiritualmente em torno deles. . . Eruditos podem interpretar o passado, são necessários profetas para interpretar' o presente".

O PREPARO PESSOAL

Visto isso, fica apenas por dizer o que todos já sabemos, isto é, que o profeta se constitui em maior pregação do que a própria profecia, ou como dir-se-ia em outras palavras "não consigo ouvi-lo, sua vida fala mais alto que suas palavras". Talvez o maior desafio para todos nós, pregadores ou não, seja o desafio da coerência. Não conheço mal mais terrível do que a inconsistência ou incoerência que se aloja nos nossos corações. É esta incoerência que trouxe aos lábios de Jesus expressões tais como "hipócritas, sepulcros caiados, raça de víboras".

Não conheço maior malefício ao rebanho de Deus do que a vida incoerente de muitos pastores que "pregam o que não vivem e vivem o que jamais poderiam pregar". Reconheço que nenhum de nós é totalmente coerente, mas não há dúvida de que devemos caminhar mais decididamente em direção à santidade. Paulo desafia os líderes da igreja de Éfeso com estas palavras preciosas: "Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual Ele comprou com seu próprio sangue" (Atos 20:28). Chamo a atenção para o que foi grifado: "Atendei por vós. . ." Todos nós conhecemos exemplos tristes de pessoas que foram ávidas e céleres em pastorear as demais, enquanto perdiam a própria reputação, não sabendo sequer apascentarem-se a si mesmas.

Creio firmemente que o nosso preparo espiritual deve incluir pela ordem a nossa vida pessoal, a nossa vida conjugai, a nossa vida paternal e, só então a nossa vida pastoral. Ouvi certa vez de um amado companheiro de ministério a seguinte frase: "Com relação a nossa luta contra o pecado, aprendi a ser extremamente misericordioso para com os demais, e cada dia mais rígido para comigo mesmo". Infelizmente nem todos seguem esta mesma regra e vemos muita gente que consegue ser rígida e feroz para com todos e extremamente flácida para com seus próprios pecados.

Se queremos um ministério eficiente, uma pregação eficaz - Deus nos ajude e tenha misericórdia de nós - precisamos de homens mais sérios e mais coerentes no ministério pastoral.

Termino com palavras sábias de Tozer, arauto da vida de santificação: "Enfim, a obra do ministério é, em toda linha, demasiado difícil para qualquer homem. Ele é remetido a Deus para obter sabedoria. Ele deve buscar a mente de Cristo e pôr sua confiança no Espírito Santo para obter poder espiritual e acuidade mental à altura de sua tarefa".

Que assim nos ajude o Senhor!!

Se você ouve: não sinto mais...


Não sinto mais fome: é sinal que comeu.

Não sinto mais frio: ta bem vestido!

Não sinto mais o chão: ta caindo.

Não sinto mais o freio: vai bater!!!!!

Não sinto mais os dedos: é dormência.

Não sinto mais as pernas: paralisia...

Não sinto mais o coração: essa frase não é sua, mas do médico que te atendeu...

Não sinto mais saudade: acabou o amor...

Não sinto mais pena: acabou o saco!

Não sinto mais que devo continuar: terminou...

Não sinto mais que acabou: tente de novo!

Não sinto mais vontade de ler: pare...

Não sinto mais coragem em lutar: então fuja!

Não sinto mais o peso das responsabilidades: você não tem mais parte com isso.

Não sinto mais a fé: aí é sem prognóstico...

Celso Aloisio

domingo, 13 de novembro de 2011

Creia

Não deixe de crer.
Creia no meio da tempestade.
Creia na crise financeira.
Creia mesmo quando crer não fizer nenhum sentido.
Creia porque crendo você vai longe!
Creia porque os incrédulos não podem!
Os mortos queriam crer...
Creia mais de um bilhão de vezes se necessário for!
Creia como antítese pra tudo o que for tese analítica-comparativa-expeximental.
Creia porque é absurdo!
Creia, porque segundo Jesus( que é o dono da vida) só crendo será possível ver a Glória de Deus!
Creia porque é inevitável crer.
Em algum momento, até ateus creêm...
Creia porque crer cura um coração coberto de incertezas.
Crendo alguém se encontra com um milagre...
Creia mesmo submerso, afogado, queimado, baleado, enfermo, canceroso,seja com o que estiver: creia!
Creia amigo! Creia.

sábado, 5 de novembro de 2011

Resistir, Enfrentar e Vencer

Se alguém como eu sofreu ataques na alma, sabe que nunca é fácil virar o jogo.
Aliás o papo comigo é sempre papo de alma...
Fomos feitos almas viventes e não corpos viventes.
O corpo se movimenta, respira...
O corpo sua, aumenta de tamanho (risos)...
Mas quem vive é a alma...
E quando somos atacados, quando nos sentimos feridos de verdade é na alma que sentimos a ferida.

E o pior ataque que recebemos não chega de forma organizada...
Chega num formato guerrilha... Nem sabemos onde está o inimigo até a bomba estourar...

Aí não tem jeito, acabo pensando o que dizer a alguém agredido na alma. diria três coisas:

Resista. Não fuja! Não dê as costas pra sua tormenta. Não tente sair de você.
Nunca tente se abandonar, isso não funciona. A Bíblia fala que quando você se abandona vem um maldito do inferno e marca uma festa pra outros sete piores. Não fuja!
Nunca deixe sua alma vazia. Dizem os antigos: mente vazia oficina do diabo.

Enfrente. Encare de frente! Diga claramente que não vai fugir. Declare pra quem quiser ouvir que você vai lutar. Não diga o seu oponente que você fugiu da raia. Seu adversário ainda não conhece o seu potencial. Ele não sabe com quem está mexendo. A coragem é parte de uma atitude vitoriosa.

Vença! sua alma vale a luta! Entre pra vencer! Não faça acordos! Sua vida é sua! Não a entregue nas mãos desse marginal. Entre pra ganhar. Chega de desacreditar em si mesmo! Esse não é você! Você pode mais!

Eu acredito em você.

Regime

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Não vos embriagues...



Começou a música e o bêbado se levantou, trocando as pernas.

Dirigiu-se a uma senhora de preto e pediu:
- Hic... me dá o prazer desta dança?
Ao que a senhora respondeu:
- Não, por três motivos. Primeiro, o senhor está bêbado.

Segundo, porque não se dança o Hino Nacional.

E terceiro porque madame é a sua avó,
eu sou o vigário desta paróquia!

copiado do orapois.com.br

Jesus Cristo foi uma pessoa comunitária:

Na sua primeira manifestação pública, em Caná da Galiléia, ele estava com os seus alunos. Jo 2.1-11

Seu primeiro milagre, que foi discreto, até onde um milagre pode ser discreto, provocou fé, primeiramente, em seus alunos. Jo 2.1-11

Andava sempre em comunidade. Lc 8.1-3

Apresentou, como sua família, a comunidade. Mt 12.47-49

Ele disse a Pedro que edificaria uma comunidade em torno da identidade dele, como Deus, que veio em carne e osso para nos salvar. Mt 16.18

Disse que era pela comunidade que formara, e que seria acrescida, que ele se separava para a cruz e a ressurreição, para que sua comunidade se separasse para viver segundo a palavra do Pai. Jo 17.17

Em seu último relatório ao Pai, fez questão de dizer que preservara a comunidade recebida do Pai. Jo 17.6-20

Pediu ao Pai que a comunidade que ele formara, e que seria acrescida, se tornasse uma comunidade perfeitamente unida. Jo 17.21

Vivia de ofertas. Lc 8.3

Ensinou que o Pai é da comunidade, e que é a partir da comunidade que devemos orar. Mt 6.9

Ensinou que o pão deve ser comunitário, e para a comunidade deve ser pedido. Mt 6.11

Reconhecia os que viviam em comunidade e os que não viviam, e rogava pelos que viviam em comunidade. Jo 17.9

Disse que ele seria anunciado quando, em comunidade, comêssemos do pão e bebêssemos do vinho, em memória dele. Lc 22.15-17

Se via como um pastor que queria reunir, em comunidade, as suas ovelhas. Jo 10.14-16



Muitos começaram a criticar a ênfase no uso da imagem do templo para designar o local de reunião da comunidade. Correto! O templo de Deus é a comunidade e não o lugar onde a comunidade se reúne. Agora, entretanto, muitos dos que fizeram a crítica primeira, começam a dizer da não necessidade de vida comunitária. Errado! Deus é uma comunidade, e é na vivência comunitária que expressamos sua imagem. O ser humano nasce da comunidade, na comunidade e para a comunidade. Jesus Cristo veio buscar e salvar o que se havia perdido: a unidade humana! É nesse propósito que cada ser humano, que crê, é salvo.

Ariovaldo Ramos

Prece

Ricardo Gondim

Meu Deus,

Cheguei onde cheguei com uma mochila nas costas. Trago momentos bons; e em todos algum pranto. Somo esses momentos e descubro que estou perto de me ver expulso de uma zona de conforto. Julguei maus aqueles que despedaçaram o aquário onde eu me sentia acolhido. Mas, graças a eles, aprendo a nadar no rio selvagem – obrigado a desviar de pedras. Não posso despencar em cascatas.

Não azedei. Não guardo rancor de gente cheia de ira, que me estapeou em nome de ideias. Do fosso da solidão, passei a despir dos andrajos das pretensões grandiosas. Em minha tristeza, notei também o teu jeito delicado quando pinçaste as cicatrizes ainda abertas.

De tudo, sobrou um pedido: Ensina-me a contar os dias que ainda não existem – e que nem sei se viverei. Por enquanto, preciso de ajuda, quero tirar do alforje que carrego nas costas, coisas boas e ruins, o material de minha esperança.

Soli Deo Gloria